Perfil de Beligerante - Forças Armadas do Inferno

 Escrito e ilustrado por Renan Morgado

 “Nós apenas seguimos ordens. Matem todos os sobreviventes.”

As batalhas do 2º Apocalipse se encontram nos embates dentro do Paraíso e nos planetas e espaços-siderais dos Mundos Materiais. Entretanto, o único local ignorado pelos três beligerantes do 2º Apocalipse é fronteiriço ao Paraíso. Monsres contam histórias sobre a logística, agora desativada, nas estradas no Inferno, um mal-estar intenso que os impeliam a fugir daquele local e jamais sair da estrada. Drones da Cisprer jamais chegaram a longas distâncias no Inferno, captaram barulhos incessantes e confusos em quantidade absurda antes da perda de sinal.

Paralelamente, almas tem vigilância paranoica sobre festas e reuniões. Sistemas da Cisprer nos Mundos Materiais e almas recentes no Paraíso comentam sobre suas nações e impérios se desintegrando em autodestruição, por causa de presenças alarmantes de grupos fortemente fanáticos por qualquer coisa, extensas organizações criminosas, grandes quantidades de armamentos desconhecidos e sistemas perversos de exploração em massa. Além de sobreviventes e evidências indicando para ataques súbitos, aleatórios e inexplicáveis, contra todos os beligerantes do 2º Apocalipse, com as suspeitas recaindo sobre um ao outro.

Tais fatos tiveram pouca importância devido ao estado dinâmico e intenso das linhas de frente e a estagnação crônica no nível estratégico. Somente com o evento chamado de Dia de Infâmia,  o lugar extremamente inóspito para a vida revelou ter algum tipo de nação ou organização com um exército muito mais monstruoso do que poderia ser imaginado. As almas os confundem com os monsres e Criadora. Os monsres não tem um reconhecimento oficial da existência deles. Cisprer os denominam de javos e acredita que eles estão em algum lugar no Paraíso, ignorando evidências da presença e influência nos Mundos Materiais. Os infernais se autodenominam de Forças Armadas do Inferno.

Suas características, capacidades e objetivos são desconhecidos. Mas seu rastro de destruição e terror são bem vívidos. Análises apontam para alguma tecnologia avançada de portais possibilita ataques e fugas rápidas. Uma aparente falta de padronização ou diversificação intencional com grandes grupos armados sem treinamento entre esquadrões altamente treinados e organizados com veículos improvisados ou de alta tecnologia, e criaturas que desafiam as leis da natureza e realidade ou indicam violações éticas em ciências. Suspeita-se da presença de seres com poderes próximos ou no mesmo nível que as capacidades de Criadora em alterar a realidade, mas para destruição em escala cósmica. Mas o que é mais assustador, é a facilidade sinistra deles de fazerem famílias matarem entre si, de naturalizar brutalidade no cotidiano para resultados que quem testemunhou descreve com adjetivos relacionados a concepção comum de Inferno.